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sábado, 21 de maio de 2011

Filme “O Discurso do Rei” e as técnicas de locução



O tema principal do premiado filme, “O Discurso do Rei” apresenta as dificuldades do Rei George VI em falar em público.

O Rei George VI, aceitou ajuda para solucionar suas dificuldades de comunicação com a nação, ao se deparar com a complicada tarefa de assumir o trono do Reino Unido, depois da morte de seu pai, George V (Michael Gambon), e a renúncia de seu irmão, Eduardo VIII (Guy Pearce).

Baseado na história real do Rei George VI, o episódio nos mostra os bastidores da difícil e desesperada luta do monarca para reencontrar a própria voz e evitar um conflito institucional em seu país.

Com os problemas que ocorriam no Reino Unido, o país estava à beira de uma guerra e precisava urgentemente de um líder. A esposa, do Rei George VI, procurou ajuda, ao sentir os obstáculos que a gagueira e o medo de falar em público, trariam ao marido, no exercício do poder.

O monarca conseguiu vencer seu problema de locução com as técnicas do australiano Lionel Logue que, com exercícios de respiração e de repetição de palavras, conseguiu ajudar o Rei devolvendo-lhe autoconfiança ao falar.

Assim como o Rei George VI sentiu necessidade de em melhorar sua voz para uma comunicação sem ruído, vários profissionais no mundo inteiro, principalmente os que trabalham diretamente com o público.

Um dos primeiros passos em busca de aperfeiçoamento da qualidade da voz é ter consciência da necessidade de melhorar a comunicação e buscar ajuda.

Para vencer os “fantasmas” do medo, em apresentações públicas ou em situações em que a voz seja obrigatória para um bom trabalho, é preciso identificar os pontos fracos e os problemas que provocam os ruídos da fala. É necessário também muita dedicação e persistência nos exercícios propostos pelos profissionais de locução.

É preciso usar corretamente as técnicas que ajudam a corrigir a postura do corpo, e, por conseguinte, da voz, indispensáveis para se ter uma dicção com qualidade e desembaraço.

O “Discurso do Rei” mostra que em virtude da gagueira, ocasionada por problemas ocorridos na infância, George VI apresentava sérios problemas para se expressar, principalmente, em público.

O filme do Diretor Tom Hooper apresenta ao público a chance de realmente compreender melhor o que se passa com uma pessoa com dificuldade em falar em público. Serve também para despertar aquele que sofre com a angústia de ter que lidar com esta situação e levá-lo a procurar auxílio.

Falar em público é uma condição estressante para quem é tímido e tem uma profissão que exige coragem, postura e, sobretudo, uma voz nítida. Na cena de abertura do filme “O Discurso do Rei” a expressão de medo no rosto do protagonista, demonstra a aflição que várias pessoas sentem ao ter que falar em público.

Geralmente, o desconforto e preocupação são os principais fatores que levam as pessoas a se sentirem bloqueadas, na hora da apresentação.

Observa-se no filme que a preparação psicológica, a boa postura, o uso das técnicas de locução, sobretudo a respiração correta, geram autoconfiança e consequentemente a perfeita projeção da voz.

A pessoa que vai se apresentar não deve deixar-se levar pelo intenso suspense psicológico, gerado pelo medo de errar no ato da fala. Deve saber conduzir o seu corpo, fazer os exercícios de relaxamento antes e durante a apresentação, controlar a respiração, não ficar parado, mover- se sempre e além disso, saber alterar o tom da voz, para cima e para baixo, sem exagero. O nervosismo e a ansiedade podem contribuir muito para uma apresentação mal sucedida. Como o próprio filme demonstra, Lionel Logue (o terapeuta de voz) consegue, com simples técnicas de locução, redescobrir a capacidade do Rei. George VI em se comunicar. Deste modo, comprova-se que qualquer pessoa que tenha força de vontade e aceite ajuda de um profissional, pode ultrapassar todos empecilhos e conseguir a tão esperada vitória de se expressar bem em público.

A voz é a identidade única de cada um e elemento essencial de extrema importância para o sucesso da comunicação. Daí a necessidade de se cuidar bem da voz e procurar corrigir as possíveis falhas.

Cida Alves.

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